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Embaixador de Portugal visita o clube

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Na manhã do dia dez de março, Sua Excelência o Senhor Embaixador de Portugal no Brasil, Dr. Luis Faro Ramos, iniciou o seu périplo de visitas às instituições Luso-Brasileiras do Recife. A finalidade principal foi protocolar a interação com as comunidades lusas na grande Nação Brasileira, País com o maior número de falantes da língua portuguesa no mundo.

O Brasil, Vera Cruz, Santa Cruz, nasceu português. Para evitar confrontos entre as duas nações católicas, as únicas a dar “novos mundos” ao mundo, o Papa partilhou o “globo” entre Portugal e Espanha com uma linha imaginária norte/sul, ficando os portugueses com o Oriente e os espanhóis com Ocidente, e cada um tentou conhecer e explorar a sua parte.

Portugal, tentando chegar às já conhecidas preciosidades do Oriente, teve de fazê-lo pelo mar. Os maometanos impediam o contato por terra, no norte de África. Nesse longo e penoso caminho marítimo para circundar a África, de dores e sofrimentos que Fernando Pessoa tão bem traduz no seu poema Mar Português, Portugal “fez-se ao Mar”. Mas valeu a pena… a alma e a fé do pequeno povo atlântico venceram as “invencíveis adversidades”. Chegaram à Índia e a partir de Lisboa abasteceram a Europa.

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Mas a vitória foi maior. Nas manobras e contramanobras para atravessar o “Cabo Bojador” em demanda da longínqua Índia, a esquadra portuguesa encontrou terras a ocidente da divisória papal. Silêncio para estudar a situação. E ela surgiu com a viagem de Colombo para o ocidente, a serviço da Espanha. Foi necessário mudar o marco divisório do mundo.

Em 1494, em Tordesilhas, sob a supervisão de Sua Santidade, os portugueses conseguiram que a nova linha divisória do mundo passasse a 370 léguas do ocidente de Cabo Verde. Assim aquelas terras seriam portuguesas.

Em seguida começaram os preparativos para formar uma grande frota composta de treze navios levando a bordo 1.300 homens preparados para vencerem as intempéries dos mares e as surpresas dos naturais das terras demandadas.

No dia 8 de maio de 1500, a esquadra saiu do Tejo (Belém), comandada pelo nobre Pedro Álvares Cabral. Em Cabo Verde a rota seguiu à direita a pretexto de driblar os ventos. No desvio da rota avistaram terras, um monte que batizaram de Pascoal, por ser época de Páscoa. Com uma “tosca” cruz que se encontra na Sé de Braga, celebraram uma missa, com a presença de alguns naturais. Fincaram em Porto Seguro o marco de pertencimento das novas Terras a Portugal, deixaram quatro portugueses para interagirem com os naturais e continuaram viagem, para o Oriente, chamando à nova terra de Vera Cruz e depois Santa Cruz que, aliás, pensavam ser uma Ilha. E continuaram a sua viagem. O nome Brasil veio mais tarde, 1503 como alcunha pela madeira vermelha de suas florestas.

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Ora, ao recebemos mais uma visita de Portugal a Pernambuco, leia-se ao Clube Português do Recife, através de seu embaixador no Brasil, Dr. Luis Faro Ramos, as reminiscências da memória despertam-nos algumas curiosidades históricas. O Brasil nasceu em Pernambuco, ao organizar o seu exército para defender o “Leão do Norte” do invasor protestante holandês. Portugal nasceu da bravura do Conde D. Henrique e seu filho, Afonso Henriques, na luta contra os mouros na Ibéria.

Pernambuco tem muitas curiosidades em relação a Portugal: são quase do mesmo tamanho, desenho geográfico muito semelhante, Lisboa e Recife estrategicamente mais próximos. Recife ainda é lembrado como a porta de entrada do Brasil para os Europeus.  Por isso o Recife, depois da Capital, Rio de Janeiro, foi o maior centro de imigrantes lusos do País. Deram-se bem. Bem recebidos. Prosperaram e trouxeram muitos jovens, parentes ou filhos de amigos, para trabalharem em seu comércio. E que fazer nos domingos? Ir à missa. Às vezes almoçar com os patrões… e as tardes? Lembrar a “terrinha, os amigos, os derriços. Sofrer a “pandemia”, do banzo da saudade, imortalizada por Garrett como “gosto amargo de infelizes” e “mágico númen que transportas a alma” até ao amigo ausente.

O Clube Português do Recife foi fundado para ser o “sanatório da saudade”. E foi. A “rapaziada” vinha para o Clube nos tempos livres. E aqui tinha tudo para “curar” a saudade. Bailaricos, esportes, cinema, cabeleireiro, os naturais derriços que naturalmente deram lugar a casamentos sólidos, como se vê pelas fotos do álbum dos 70 anos, os famosos carnavais, etc.

E foi isso que o Embaixador pode constatar pois, “mutatis mutandis”, a filosofia de trabalho é a mesma. Não veem mais jovens emigrantes lusos. Mas o Clube sempre foi aberto aos brasileiros, integrou-se totalmente na sociedade local e, pela natureza das circunstâncias, é formado e dirigido quase cem por cento por brasileiros. É a glória de um povo que soube dar “novos Mundos ao Mundo”.

O Presidente, Dr. Fernando Medicis, brasileiro, já no segundo mandato, veio para o Clube acompanhar seu filho menor, que jogava hóquei em patins. E os esportes de recreio e de amadorismo são praticados diariamente, seguindo o lema dos fundadores, uma mente sã num corpo sadio, “mens sana in corpore sano”.

E nosso Embaixador fez questão de caminhar pelo Clube conhecendo os vários espaços e departamentos, ouvindo e vendo a nossa gloriosa história de 88 anos de serviço. A despedida foi no Salão Nobre do Clube com sucos nordestinos, conversa amena que agradou a todos.

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