Os sócios do Clube Português do Recife reelegeram, nesta segunda-feira (22/08) o presidente Luiz Vilella e o vice-presidente João Virgílio Ramos André para mais dois anos de mandato frente ao clube. Os dois foram eleitos por aclamação e sem nenhum tipo de questionamento. Este será o sexto mandato da atual direção frente a uma das maiores e mais conceituadas instituições da comunidade portuguesa no Recife.
No Sextante deste mês, o presidente Luiz Vilella deu uma entrevista exclusiva ao Jornal Sextante que você pode acompanhar abaixo.
Sensação de dever cumprido
Há quase dez anos na presidência do Português, o presidente Luiz Vilella completará o quinto mandato à frente do clube luso no próximo dia 31 de agosto. Com a mesma motivação do primeiro dia da sua gestão, ele fecha mais um ciclo com a certeza do dever cumprido. Quem acompanha o dia a dia do clube sabe muito bem como o Português respira outros ares. Existe um sentimento de modernidade, de novidade constante e, principalmente, de um trabalho incansável realizado por uma diretoria atuante e unida em favor do crescimento da instituição. Para falar um pouco como foi essa última década e o que o sócio pode vislumbrar para o futuro do Português, o Sextante realizou a entrevista com Luiz Vilella publicada abaixo.
Sextante – O senhor está há quase dez anos na presidência do clube. Qual a avaliação do trabalho realizado até o momento?
Luiz Vilella – Completarei 10 anos na presidência no dia 31 de agosto, igualando assim o maior tempo em anos seguidos de um presidente à frente do clube, sendo sempre reeleito por unanimidade dos sócios presentes às assembléias. Avalio o trabalho realizado junto ao vice-presidente João Virgílio Ramos André e à diretoria com a felicidade e a certeza de não termos decepcionado aos que depositaram a confiança em nós. É uma sensação de dever cumprido por termos contribuído para a melhoria do clube em todos os aspectos e por vermos frutificar o trabalho que foi planejado e desenvolvido durante os anos. Para comprovar, basta compararmos o Português no início da nossa primeira gestão com o que ele se encontra hoje.
S – Poderia detalhar melhor o trabalho realizado?
LV – Sim. Assumimos o clube com o conceito em baixa, deficitário, sem crédito, inchado de funcionários ociosos, com patrimônio dilapidado e instalações deterioradas. Atualmente deixamos de ser deficitários e passamos a superavitários. Grande parte do patrimônio foi recuperado ou aumentado. A instituição foi preparada para prestar serviços aos associados. Digo isso porque construímos um novo palco fixo, três camarins completos, três novos bares, três novos jogos sanitários, uma moderna quadra de tênis e o recanto Cantinho Português com bar e salão de jogos. Nesses anos ainda ampliamos o salão de festas, reformamos os vestiários da piscina, compramos novos brinquedos para a piscina e o parque infantil, fizemos a coberta no Bar Barcellos e mais recentemente, em maio, inauguramos um elevador do térreo para o local do salão nobre, sala de reunião e camarotes. Não podemos esquecer que estamos construindo um nova e moderna portaria para a Avenida Rosa e Silva que estará pronta dentro dos próximos 40 dias.
S – O que o senhor gostaria de ter feito, mas ainda não conseguiu?
LV – Realizamos praticamente todos os objetivos traçados em nosso planejamento, porém sabemos que o clube sempre precisa melhorar para cada vez mais oferecer conforto e serviços aos seus associados. Como prioridade existe a necessidade de uma reforma na área dos camarotes e uma reforma estatutária, que gostaria de ter feito, mas não foi possível.
S – Qual o maior desafio da atual gestão neste momento?
LV – Adequar o clube para atender as exigências dos Poderes Públicos no tocante à acessibilidade, à poluição sonora e às exigências tributárias.
S – Qual o maior legado que a atual gestão está deixando para o Clube Português?
LV – Com orgulho afirmamos que ao entregarmos a direção do clube a outro associado, esse receberá uma instituição superavitária, enxuta, sem excesso de funcionários, sem ações trabalhistas, com patrimônio e instalações recuperadas, e gozando de alto conceito na sociedade.
S – Seu mandato se encerra no final deste ano, existe a possibilidade da reeleição?
LV – Nosso mandato, meu e do vice-presidente, se encerrará no próximo dia 31 de agosto e a eleição será realizada na segunda quinzena do mesmo mês. Quanto à reeleição ou não, estamos aguardando uma posição dos poderes do clube e ouvida do Conselho da Comunidade Portuguesa, para que tudo seja feito de comum acordo.
S – Como o presidente dos próximos dois anos vai encontrar o clube?
LV – Em boa situação, em condições de ser administrado com eficiência, porém necessitando de muito trabalho, muita dedicação e amor. Os problemas existem e continuarão a existir. Não é nada fácil.
S – Como o próximo mandatário precisará trabalhar para atrair mais sócios em uma época em que os prédios residenciais se transformaram em clubes privados?
LV – Prestando serviços e mais serviços ao associado. Oferecendo grandes e constantes eventos, em parceria com terceiros ou por conta própria, onde o sócio poderá ingressar gratuitamente, mediante a apresentação de sua condição de associado, proporcionando várias áreas de lazer e proporcionando ambiente acolhedor.